O preço dos automóveis no Brasil já é considerado relativamente mais caro que outros países, mas com a pandemia houve um crescimento ainda maior. Até mesmo os veículos considerados populares sofreram reajustes significativos.
Atualmente, no Brasil, um carro zero quilômetro mais barato está custando na faixa de R$60.000, valor alto comparado aos anos anteriores. Porém, o aumento nos preços dos veículos tem relação com a COVID-19. Entenda.
Qual o motivo do aumento nos preços dos veículos?
O setor automotivo foi um dos atingidos pela pandemia, assim como outros segmentos do comércio no Brasil. Dessa forma, os insumos para a produção dos automóveis nas fábricas não estavam chegando de outros países e afetou no fechamento das concessionárias e montadoras.
O fator principal para os reajustes está relacionado com o aumento do dólar e a desvalorização do real. Para se ter uma ideia, a moeda americana teve valorização de 29% entre janeiro de 2020 a abril de 2021, segundo Julian Semple, consultor da Carcon, em entrevista ao portal Estado de Minas.
Portanto, a inflação cresceu 8% entre o período de maio de 2020 e maio de 2021, de acordo com Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Sendo assim, produtos como aço (que subiu em 70%) e resina plástica (derivada do petróleo).
Além disso, o imposto dos veículos chega, em média, a 40%, o que está diretamente ligado ao aumento nos preços dos veículos.
Há ainda as implementações de equipamentos obrigatórios que foram inseridos nos veículos, desde 2014, de forma a oferecer segurança ao condutor, como: airbag frontais e freios ABS. As tecnologias dos veículos também fazem os preços elevarem.
Os fabricantes apontam principalmente esses motivos pela valorização dos carros no Brasil. Todavia, a perspectiva é de redução nos próximos meses, com a normalização do comércio e, possivelmente, uma queda no preço no dólar.